quarta-feira, 2 de março de 2016

Amelinha e Gibran Helayel - “Romance Moreno nas Janelas do Brasil” no Teatro Municipal de Niterói

AMELINHA E GIBRAN HELAYEL FAZEM SHOW INÉDITO NO MUNICIPAL DE NITERÓI

 Amelinha e Gibran Helayel apresentam no dia 10 de março, às 19 horas, no Teatro Municipal de Niterói, o espetáculo “Romance Moreno nas Janelas do Brasil”, onde comemoram 40 anos de carreira da cantora cearense.
 Misture a voz marcante de Amelinha, canções do maestro Gibran Helayel e a poesia de Castro Alves. Acrescente o empenho de músicos de primeira linha, muitas horas de ensaio, a escolha minuciosa do repertório e o desejo de comemorar em grande estilo os 40 anos de carreira da cantora cearense. O resultado é Romance Moreno nas Janelas do Brasil, um projeto musical com clássicos eternizados pela cantora cearense e canções criadas pelo compositor a partir de poemas do autor de Espumas Flutuantes.
 Não é preciso ir muito longe para ver que esta parceria promete dar novo fôlego à música popular brasileira. Se não, vejamos. A história de Amelinha é marcada por encontros generosos com compositores de peso que lhe deram preciosidades para seu repertório de intérprete. Já Gibran Helayel é um artista multifacetado, que se divide entre a composição, os instrumentos de cordas e a regência de coros. O trabalho mais recente da cantora foi o CD Janelas do Brasil, que rendeu também um registro ao vivo. Enquanto ele está prestes a lançar o livro de partituras Romance Moreno, com canções criadas a partir de poemas de Castro Alves.
 "Quando eu conheci o Gibran Helayel, tive a mesma alegria que invadiu meu coração tantas outras vezes. Ao ouvir sua música, tão suntuosa bem elaborada em tons de clássico, mas com sabor popular, encantei-me e foi se delineando uma ideia de que poderíamos fazer algo luminoso e descontraído. O Gibran tem um vasto conhecimento sobre arte e tem a vantagem de, por ser regente e lidar com vozes, entender o meu trabalho", declara Amelinha.
 Nascida em família afeita à música e às artes em geral e cantora desde os dois anos, Amelinha ouviu em primeira mão algumas das maiores pérolas da música brasileira quando ainda engatinhava na carreira. Recém-chegada em Fortaleza após morar um ano em São Paulo, na década de 70, ela conheceu Mucuripe, de Fagner e Belchior, quando o primeiro a apresentou à composição ao violão. Teve seu primeiro contato também com Terral pelas mãos do próprio autor, Ednardo. Depois, na volta ao Sudeste, foi a vez de Vinícius de Moraes levar à então aspirante a cantora profissional uma parceria sua com Toquinho chamada Ai Quem me Dera.
Já dando seus primeiros passos na música, a artista cearense, batizada pelos amigos conterrâneos de Flor da Paisagem - apelido que rendeu o nome de seu primeiro disco - foi apresentada a Tempo Rei pelo baiano Gilberto Gil. Frevo Mulher, um dos seus maiores sucessos, chegou a ela através de seu autor, Zé Ramalho, com um empurrãozinho de Geraldo Azevedo, que também a presenteou com o clássico Dia Branco. Consagrada como uma das maiores vozes femininas do país depois de gravar todas essas pérolas, Amelinha seguiu esbarrando muitos compositores pelos caminhos que trilhou. Em um encontro ao acaso com Gibran Helayel, descobriu uma nova e frutífera parceria.
"Minha admiração por Amelinha cresceu ainda mais nos primeiros encontros. Estudei violão, alaúde e harpa, participei de muitos recitais e shows e sempre compus música popular e instrumental. E trabalhar com Amelinha é gratificante e enriquecedor, porque além de uma sensibilidade artística altamente elaborada ainda tem essa voz telúrica, trovadoresca. É onde o sertão brasileiro e Andalucia se encontram. É daquelas cantoras que mesmo cantando à ‘palo seco’, seu canto chega longe, afirma Gibran.”
O encontro do músico do Rio de Janeiro com a cantora do Ceará se deu em Niterói, onde os dois estão radicados. Sem se dar conta, Gibran Helayel fez a mesma coisa que os outros: apresentou para Amelinha Pingos D’água no Capim ePingos nos Is, duas parcerias com Renato Rocha. A cantora se encantou com as canções e já começou a planejar o show. Do seu repertório, trouxe para o roteiro Galos, Noites e Quintais (Belchior), Felicidade (Marcelo Jeneci e Chico César),Terral (Ednardo), Gemedeira (Robertinho de Recife e Capinam), Periga Ser (Robertinho do Recife e Fausto Nilo),Légua Tirana ( Luiz Gonzaga), Romance da Lua Lua (Flaviola e Garcia Lorca), Chuva e Sol (Sá e Guarabira),Eternas Ondas (Zé Ramalho) e Noites de Cetim (Herman Torres e Sergio Natureza), além dos clássicos Dia Branco,Frevo Mulher ,Foi Deus Que Fez Você, Mulher Nova, Bonita e Carinhosa (Zé Ramalho e Otacílio Batista) eNoites do Rio (Caio Silvio). Essa última inspirou o cineasta Sérgio Bernardes a dizer que Amelinha deveria estar cantando em todas as janelas do Brasil e acabou dando nome a um dos discos da cantora (e, consequentemente, a esse show).
"Eu canto acompanhada de dois violões (Julinho Brown e Cesar Rebechi) e Gibran se apresenta sozinho, no formato voz e violão e em algumas canções acompanhado de Gabriel Ruiz, no cajon e vocal”.
Amelinha e Gibran Helayel levarão Romance Moreno nas Janelas do Brasil a diversas cidades brasileiras antes de iniciar apresentações no exterior onde o público terá a chance de conhecer o poder da música brasileira através de uma das nossas maiores vozes e através de um artista que tem um trabalho de composição bastante original e inspirado, que traz em seu canto e no violão influências musical de diversas procedências - dos trovadores do século XIII aos violeiros dos sertões brasileiros - além de intensas incursões no campo da música puramente instrumental.



Amelinha e Gibran Helayel (divulgação)

Serviço
Amelinha e Gibran Helayel - “Romance Moreno nas Janelas do Brasil”
Data: 10 de março
Horário: 19 horas
Duração: 90 min
Classificação etária: Livre
Ingresso: R$ 50,00
Local : Teatro Municipal de Niterói
Endereço: Rua Quinze de Novembro, 35, Centro, Niterói

Lançamento do Livro 'O problema é ter medo do medo' da autora Ana Helena Tavares no Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro

A Editora Revan está lançando no próximo dia 15, o livro O PROBLEMA É TER MEDO DO MEDO - O que o medo da ditadura tem a dizer à democracia?, da jornalista Ana Helena Tavares. É o primeiro livro da autora, mas o conteúdo transmite muita informação de peso pois ela entrevista pessoas importantes que viveram a época da ditadura. Alguns dos entrevistados são Dom Pedro Casaldáliga, os advogados de ex presos políticos Modesto da Silveira e Marcelo Cerqueira, e também os jornalistas Cid Benjamin e Alberto Dines, entre outros.

“Nesse período, em que tanto se debate o golpe militar e a ditadura, o livro de Ana traz, também, outro ensinamento: a busca pelo aprofundamento da democracia deve ser uma constante na vida das sociedades. É como se ela fosse um esforço sem fim. Que, tal como a linha do horizonte, cada vez que damos um passo em sua direção, parece se afastar. Não importa. Não nos deixemos levar pela ilusão. Cada passo é, sim, um avanço.” – Cid Benjamin.

O problema é ter medo do medo, o novo lançamento da Editora Revan, retoma o episódio da ditadura militar no Brasil. Apesar de tratar de um momento histórico do país, a obra escrita pela jornalista Ana Helena Tavares não pode ser considerada um livro de História, pois a partir das 26 entrevistas realizadas com personagens que viveram de perto este período, o livro consegue abordar, sem a censura dos anos de chumbo, um passado que ainda tem muitos reflexos no presente.

No livro, Ana Helena apresenta um extenso trabalho de campo, no qual ela passou pela experiência de ir a diferentes lugares para entrevistar pessoas que viveram intensamente a luta contra o medo instalado de 1964 a 1985 e que falam sobre a herança deixada para a democracia. São eles: Paulo de Mello Bastos, Dom Waldyr Calheiros, Brigadeiro Rui Moreira Lima, Capitão Fernando de Santa Rosa, Capitão Luiz Carlos de Souza Moreira, Coronel Ivan Proença, Dom Tomás Balduíno, Dom Pedro Casaldáliga, Tiuré Potiguara, Affonso Romano de Sant'Anna,  Alberto Dines, Evandro Teixeira, Milton Coelho da Graça, Silvio Tendler, Sérgio Ricardo, Dr. Hélio Bicudo, Dr. Modesto da Silveira, Dr. Marcelo Cerqueira, Dra. Rosa Cardoso, Cid Benjamin, Celso Lungaretti, Carlos Eugênio Paz, Aluízio Palmar, Marília Guimarães, Cecília Coimbra, Dra. Margarida Pressburger.

Segundo a autora, a ideia de fazer essa série de entrevistas surgiu em 2009, no entanto, a inspiração para o livro já a havia encontrado desde 2008, quando ela teve a oportunidade de ler um artigo sobre os 40 anos do Ato Institucional Nº 5, escrito pelo sociólogo Gilson Caroni Filho. “A leitura daquele artigo, com dados aterradores que eu desconhecia e que tantos jovens desconhecem, detonou em mim a vontade de gritar ao mundo a história do meu tio – torturado durante a vigência do AI-5, sem ser oposicionista de nada, sem que pertencesse a nenhuma organização política”, explica Ana Helena, que também apresenta no texto o relato pessoal das agressões feitas a seu tio, que sequer tinha envolvimento político na época.

Sobre a autora: Ana Helena Tavares é carioca, nascida em 1984, ano das “Diretas Já!”. Estudou no Colégio Pedro II, ao qual deve em grande parte sua formação humanística. Premiada em concursos de crônicas e monografias, tem textos em prosa e verso publicados em seis antologias. É jornalista, membro efetivo da ABI, e mantém o site de jornalismo político “Quem tem medo da democracia?” (http:// quemtemmedodademocracia.com). 




Serviço
Lançamento do livro 'O problema é ter medo do medo'  da autora Ana Helena Tavares
Dia: 15 de março
Local: Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro
Autora: Ana Helena Tavares
EDITORA REVAN
História/ Política
ISBN: 978 85 7106 553-6
300 páginas