quinta-feira, 28 de abril de 2011

Pedro Luís e A Parede casam tradicional ao moderno com simplicidade

BATACUDA COM PRESSÃO DO ROCK


Papel, caneta e batucada com a pressão do rock. Dessa mistura e vigorosa sai o som do grupo Pedro Luís e A Parede, que se apresentou, nesta quinta-feira (28/4), na Rádio Roquette-Pinto (94,1FM). Eles participaram da gravação ao vivo do programa Agora no Ar, apresentado por Ricardo Cravo Albim. Durante uma hora, a banda, que está comemorando 15 anos de estrada, tocou alguns dos seus maiores sucessos e contou histórias sobre sua carreira, incluindo a criação do Monobloco, um dos maiores sucessos do carnaval de rua do Rio de Janeiro. O programa vai ao ar na próxima quinta-feira (5/5), às 15h.
No palco do Espaço Cultural Sérgio Porto, no Rio de Janeiro, dentro do projeto CEP 20.000, organizado pelo poeta Chacal e o ator Michel Melamed, que a banda pela primeira vez se apresentou, em 1996. De lá para cá, o grupo carioca formado por C.A. Ferrari (bateria e percussão), Celso Alvim (bateria e percussão), Pedro Luís (voz, violão e guitarra), Mário Moura (baixo), e Sidon Silva (bateria e percussão), lançou oito discos e três DVDs. No momento, o grupo está com CD e DV Navelouca ao Vivo sendo trabalhado em todo país.
- Nossa soronidade é fruto da pesquisa sobre os diversos tipos de percussão existentes no Brasil. Juntamos isso com algo que compreendemos como universal, algo com um pé no tradicional mas sem perder a perspectiva do moderno -, resumiu Pedro Luís.
Ele destacou, como exemplo dessa mistura, a canção Luz da Nobreza, parceria dele com o cantor Zé Renato (ex-Boca Livre).
-O Zé Renato me mandou essa melodia e disse que era uma folia, algo ligado à Folia de Reis. A partir daí, fiz uma letra em que enfatizo essa tradição. No arranjo, seguimos o andamento da folia, que é fantástico, mas impondo uma sonoridade bem moderna -, explica Pedro, que também tocou Fazer o Que, Seres Tupi e Caio no Suwing.
Eles também ressaltaram a importância do cantor Ney Matogrosso em suas carreiras. Segundo Pedro, Ney foi um padrinho artístico de primeira hora.
Outro ponto de destaque na banda, o Monobloco também foi tema da apresentação na Rádio Roquette-Pinto. Segundo explicou o baterista Celso Alvim, a ideia surgiu de uma vontade de diversos músicos do Rio em fazer um novo tipo de batucada durante o carnaval.
No último carnaval, o Monobloco reuniu cerca de 500 mil pessoas no desfile realizado na Av. Rio Branco (Centro do Rio), tornando-se numa das maiores expressões carnavalescas não só do Rio, como do país.
- O Monobloco é um fenômeno carioca, cresceu no Rio, mas nasceu em São Paulo -, brincou Pedro Luís.